
Restantes fotos, clicar numa destas
No passado dia 23 de março houve, de novo, poesia na VaP. Desta feita, com a organização e realização das nossas VaP's, Lurdes Bártolo e Gracinda Sousa. A elas um agradecimento e a todos quantos se associaram e participaram ativamente neste lindo evento. Como somos um país de poetas, no final produziu-se um poema coletiva, que aqui se deixa.

Encontro com a palavra
Festa da Poesia
2014-março-23
Poema Coletivo nº 2
Produção poética de 31 pessoas dos 10 aos 70 anos
Título: Todos nós somos poetas
Eu sou a nuvem branca
mas também posso ser transparente, sou aquele que se transforma em várias formas. Tanto posso ser nuvem como me transformar em algo mágico. Posso ser uma porta que se abre com o bater do coração. Enfim, sou a nuvem.
Eu sou a luz
que ilumina a Terra inteira, uma fonte de energia derradeira e verdadeira.
Eu sou como o sol
Irradio energia e calor ao meu redor.
Eu sou a estrela
que encanta. Todos gostam de me apreciar de noite ao luar.
Eu sou a madrugada
quando o orvalho cobre o verde do prado.
Eu sou sombra
na paisagem… dou descanso ao teu cansaço.
Eu sou água
que dá vida aos seres vivos, o constituinte do poder, a que nos deixa navegar e conhecer… a que alimenta o nosso saber!
Eu sou a chuva
Tanto agrado como aborreço. Miudinha ( molha tolos), mais grossinha já cala bem a terra, grossa ou torrencial - ai meu Deus que vem estragar!. Mas é agradável ouvir o som da chuva a bater de mansinho no telhado da casa quando estou na caminha a descansar.
Eu sou a fonte
da água viva.
Eu sou o rio
que leva a água até ao mar. É a riqueza natural que não se deve desperdiçar.
Eu sou o lago
que é lindo quando está iluminado.
Eu sou um barco
que navega no mar alto mas que sonha realmente navegar nas ondas do teu cabelo.
Eu sou o vento
que transporta os teus segredos, angústias, alegrias, medos, tristezas. Enfim, posso transportar o que tu quiseres. Basta pedires. Não tenhas vergonha.
Eu sou a terra
dá-nos tudo e um dia também nos come. A terra é a riqueza do mundo.
Eu sou um belo jardim ao sol
e estou bem tratado.
Eu sou a folha
que enfeita a árvore e dá abrigo aos pássaros. Alegra as pessoas que se abrigam nela.
Eu sou o campo
que é o que mais adoro. Quando estou triste vou ao campo ouvir os passarinhos, a água a correr e o rio Uíma a nascer.
Eu sou o trigo
que é o ouro de Portugal. O trigo foi a riqueza da nossa terra. O trigo é o suor do nosso trabalho.
Eu sou uma árvore
de azeitonas mas gosto delas.
Eu sou uma árvore
que dá flores e que gosta muito de ouvir os pássaros a cantar e ela me faz feliz quando a vou abraçar.
Eu sou uma árvore
Dou lenha para as fogueiras, sombra no verão e flores na primavera.
Eu sou um pássaro
que adorava voar, voar sem nunca parar e o mundo girar, sem nunca parar. Como seria feliz nunca parar.
Eu sou a libelinha
Gosto de voar sozinha
Sem ninguém me incomodar
Mas se alguém de mim se aproximar
Seja para me acompanhar
Num voo de encantar para sempre recordar.
Eu sou uma andorinha
Chego na primavera, vindo de outras paragens. Chilreio, esvoaço, faço ninho nos beirais. Mas, ser poeta!.. Ah! Isso é demais!
Eu sou a ilha
Encontro-me no meio do mar, tenho árvores que nos dão oxigénio que é vida, animais, fontes que nos dão água que mata a sede, água que é símbolo da pureza. Tenho pássaros que cantam a sua música que muito gosto de ouvir.
Eu sou um menino
que gosta de sonhar. Não tenho asas mas posso voar.
Eu sou a vida
a saúde, o bem estar da família e a felicidade que Deus nos tem dado.
Eu sou um lápis
que com um pouco de inspiração pode espantar a solidão.
Eu sou a música
que dá alegria!
Eu sou o beijo
“que mima os afetos e acende o desejo”
Autores:
André Fonseca
Beatriz Mota
Eduardo Fonseca
Elsa
Fátima Sá
Fernanda Duarte
Filomena Ferreira
Graça Santos
Idalina Sá
Idília Lima
Irene Rebelo
Joaquim Pinho
José Catela
José Mota
Leonor
Lurdes Bártolo
Lurdes Oliveira
Manuel Ribeiro
Margarida Pinto
Maria dos Anjos
Mário Baptista
Mário Costa
Marta Fonseca
Óscar Bártolo
Preciosa Sá
Renato Alves
Rosa Augusta
Severina Almeida
Veríssimo Azevedo
Veríssimo Bernardo
Vital Santos
Coordenação de Gracinda Sousa
A partir do livro “Poesia, meu Amor”